Pés no chão e cabeça na nuvem: repensando a tecnologia

Nuvem ou chão?

O progresso caminha a passos largos. Hoje em dia praticamente qualquer facilidade que tínhamos no mundo natural (ou analógico) está no meio digital; do mapa de ruas até a máquina de escrever e agência de correios (o mapa de ruas já é digital, assim como o editor de textos e o correio eletrônico/e-mail, respectivamente). As coisas do mundo físico passaram a ter equivalente no computador e deste para a rede mundial de computadores, a internet.

Antigamente se falava em “backup”, “cópia de segurança”, no sentido que o termo deve ter: uma cópia para ser usada em caso de necessidade. Seus dados ou trabalhos devem estar com você. Esse conceito mudou com a idéia – ou tecnologia – da nuvem.

nuvem photo

Muito se fala hoje sobre “computação na nuvem”, “informática na nuvem”. Se fosse resumir ou dar um exemplo prático, seria mais ou menos como ter a agenda de telefones  guardada na operadora de celular (e isso já é possível). Se precisar de um número de telefone e a agenda de papel ficou em casa, basta ler os dados via celular.

O problema mora aí: e se o celular quebra?. E Se você não sabe qual o melhor smartphone comprar? E se a operadora está fora de área no momento ou local onde você se encontra? Falo isso pois passei por esse drama recentemente, (precisar de uma informação que deixei na internet, ignorando que o acesso a internet poderia ficar indisponível, por tempo indeterminado) o que me levou a refletir sobre as vantagens e necessidade do mundo “online” (conectado) e “offline” (desconectado).

Por isso cheguei a conclusão de que por mais que a vida moderna nos encha de facilidades, vale lembrar aquela velha piada: as novas tecnologias trazem novas soluções para problemas que nós não tínhamos. Facilidades como essa da “agenda de telefones em qualquer lugar” que citei (só pra ficar nesse exemplo) é útil como uma segunda opção, uma extensão de nossas vidas. Nossa agenda de telefones tem de estar conosco, e não com “a tecnologia”.  Como disse certa vez um executivo brasileiro de um famoso canal de TV a cabo, as coisas a nossa volta servem para tornar nossa vida mais agradável, não para substituir a vida, o grande espetáculo.

Então por mais que a “nuvem” – tecnologias disponíveis na internet – estejam disponíveis, vale lembrar que a internet não substituiu o papel, assim como o cinema não acabou como teatro. Cada mídia tem seu lugar, e eu particularmente estou mais propenso a ver a “nuvem” como um backup – ou cópia de segurança – de minhas informações. Que devem andar em minha casa ou no bolso, sempre que possível.

Por Junior Lenny.

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